quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Guerreiros kayapó são acusados de matar garimpeiro

Um crime envolto em mistério e ainda não esclarecido pelo fato do corpo da vítima ainda não ter sido encontrado, está sendo investigado pelo delegado Rodrigo Mota França, da Delegacia de Polícia Civil de Cumaru do Norte. O homem morto é um garimpeiro e os acusados de matar são guerreiros da aldeia Gorotire.

De acordo com o depoimento de cinco pessoas ouvidas pelo delegado, o garimpeiro, Alex Luís de Souza que trabalhava como mergulhador em uma balsa no garimpo clandestino no Rio Fresco, na área indígena kayapó, foi morto por guerreiros a mando do cacique da aldeia. De acordo com o relato das pessoas arroladas no inquérito policial, Alex foi torturado e morto por indígenas no último dia 03 de dezembro e seu corpo foi jogado em uma área de mata, distante 300 metros da pista de pouso existente na aldeia.
Segundo o depoimento da namorada do garimpeiro, Keila Alves de Souza, ela tomou conhecimento de que seu namorado havia sido preso quando tentava sair da aldeia, através de um homem conhecido por ‘’Paraguaia’’ que ligou para ela perguntando se Alex, já havia aparecido, pois ele ficara sabendo que o mesmo teria sido preso por guerreiros na área, e já havia três dias que estava desaparecido. Outras quatro pessoas que foram ouvidas pelo delegado disseram que os comentários, dentro e fora da aldeia, eram o de que o garimpeiro estava morto e seu corpo exposto a sol e chuva na aldeia.
Morte: De acordo com o relato das pessoas ouvidas pelo delegado, Alex teria sido morto por ter se apossado de algumas gramas de ouro de um garimpeiro conhecido por ‘’Brinquinho’’ e dito que foram os índios que teriam pegado o material. A conversa teria chegado ao conhecimento do líder da aldeia que ordenou a execução do garimpeiro.
Barrado: Após ouvir todas as testemunhas, o delegado Rodrigo Mota, se deslocou para a aldeia Gorotire na intenção de resgatar o corpo do garimpeiro, mas foi barrado por guerreiros que, armados, impediram a passagem da equipe policial em uma guarita. O delegado entrou em contato com a Polícia Federal de Redenção para que o órgão pudesse ajudar nas buscas pelo corpo de Alex, mas recebeu a informação de que o órgão nada podia fazer, pois seria muito burocrática a permissão da entrada de uma equipe da PF na área indígena.  

O delegado Mota solicitou a presença do cacique Davi, para que o mesmo possa falar sobre o caso, mas até o fechamento desta edição, o índio não havia comparecido na unidade policial. ‘’Nós solicitamos a presença do cacique aqui para que ele esclareça e também libere os restos mortais da vítima para que a família possa fazer o sepultamento’’, disse o delegado. Dinho Santos 

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