Uma
profissão que tem passado de pai para filho tem garantido o sustento da família
do seleiro Ronaldo Neris de Oliveira , conhecido popularmente por Ronaldão.
O
ofício que ele exerce desde 12 anos de idade e que fora ensinado pelo pai
Valdivino Arcanjo, o popular Seleiro, faz de Ronaldo em um dos melhores
profissionais na arte de selaria de Redenção e sul do Pará.
O
trabalho totalmente artesanal faz parte dos acessórios de vaqueiros e peões de
boiadeiros no trabalho do dia a dia do campo e nas grandes festas de exposições
agropecuárias tradicional no sul do Pará.
Os
arreios, cabeçadas, rédeas, barrigueiras, bainhas, calças de couros e vários
outros acessórios utilizados pelos vaqueiros, são fabricados na “Selaria Lambe
Sola”, de propriedade da família que trabalha de forma conjunta e abastece o
estoque de várias lojas, que vendem produtos agropecuários no sul do Pará. Toda
a produção mensal e absorvida por três lojas instaladas em Redenção, Santana do
Araguaia e Vila Rica, no Estado do Mato Grosso.
Cinco
pessoas trabalham diariamente na pequena indústria localizada no Setor Novo
Horizonte. Juntamente com Ronaldo, trabalham o irmão dele, Marcelo, a esposa
conhecida por Dona Fia, uma filha e mais um funcionário.
De
acordo com Ronaldão, a tradição vai se perpetuando na família. Mas, a falta de
mão de obra dificulta uma produção em grande escala, haja vista que tudo é
produzido de forma artesanal.
Ainda
segundo Ronaldo Arcanjo, poucos são os jovens que querem aprender o ofício,
fato que dificulta uma maior produção. “Eu aprendi com meu pai, que me colocava
do lado dele e me dizia como fazer, e eu não perguntava como seria o pagamento.
Hoje, o garoto quando vem na intenção de aprender o oficio, já quer saber
quanto vai ganhar, sem mesmo saber o que ele vai fazer”, relata Ronaldo.
De
acordo com Ronaldão, a profissão vai passando de geração em geração e enquanto
houver pecuária ela vai existir mantendo firme o ofício. Dinho Santos
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