Ladrão se desespera e se joga do viaduto

A família se preparava para mais um programa de fim de semana e se mandou para uma parada de ônibus na avenida Júlio Cesar, no bairro de Val-de-Cans, em Belém, mas o destino da viagem foi interrompido com a chegada de um indesejável.

O homem, pedalando uma bicicleta, fingindo estar armado, deu a voz de comando tão conhecido em tempos de uma cidade que vive uma “sensação de desamor”.

“Passa a bolsa e não reage, senão te mato”. A frase soou nos ouvidos da vítima, que não pensou duas vezes e entregou a bolsa ante os olhares petrificados do marido e dos filhos, que, inertes, não puderam fazer.

Passado o susto, o marido da vítima tomou coragem e saiu atrás do ladrão que, sonolentamente pedalava a “bike” pela avenida Júlio Cesar, subindo o elevado. Pensando que estava senhor da situação, ainda abriu a bolsa para conferir os pertences
roubados.

O marido da vítima, um velocista sem medalha, mas acostumado a correr atrás das coisas boas da vida, logo alcançou o ladrão, que, sem ter como fugir, primeiro jogou a bicicleta de cima do elevado da Júlio Cesar e, em seguida, num gesto tresloucado, pulou também.

A sorte é sempre madrasta nestas horas e, embaixo do viaduto, sempre com grande fluxo de veículos pesados, no momento da queda do ladrão, não passou um veículo sequer. No entanto, o ladrão acabou com fraturas e escoriações e com o corpo imobilizado não pôde continuar a fuga.

Populares acionaram a Polícia Militar através do 190 e logo meia dúzia de viaturas cercaram o local e o ladrão, identificado apenas por Carlos, vulgo “Batatinha”, foi seguro pela equipe do tenente Batista, que acionou uma viatura de resgate do Corpo de

Bombeiros, que imobilizou “Batatinha”, levando-o para atendimento no Hospital Metropolitano, em Ananindeua. Quando os policiais militares, comandados pelo sargento Rossicley, fizeram uma revista em “Batatinha”, foi encontrada em seu tornozelo uma pulseira de presidiário, dando prova de que o mesmo estava em liberdade vigiada e que transgrediu a lei voltando novamente para cadeia.

A família assaltada foi levada para a Seccional Urbana da Marambaia, onde fez o registro da ocorrência do roubo, recebendo os pertences novamente, enquanto a “batata” do “Batatinha” vai continuar assando perante a Justiça pela transgressão cometida.