Na
madrugada desta segunda-feira (20), o assassino confesso de 39 pessoas em
Goiânia afirmou a policiais da Denarc (Delegacia Estadual de Repressão a
Narcóticos), onde está preso desde o dia 14, que "continua com vontade de
matar".
Ainda
segundo o delegado, o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha perguntou também
se responderia criminalmente caso cometesse um assassinato dentro da
cadeia. Mesmo após declarar que estava arrependido dos crimes, Rocha disse
à polícia que foi essa "vontade de matar" que o levou a praticar os
assassinatos. O delegado disse que o vigilante também vem pedindo bebida
alcoólica.
DEFESA
O
advogado do vigilante deixou a defesa dele nesta segunda-feira (20). Thiago
Huáscar Vidal permaneceu à frente do caso, que ganhou repercussão
internacional, por apenas sete dias.
Em
entrevista à Folha de S.Paulo ele disse que desistiu da defesa por divergências
no valor dos honorários. "É um caso complexo, que exige tempo e dedicação.
Hoje, a mãe dele me procurou dizendo que não teria condições de cumprir o
pré-acordo porque não possui condições financeiras. Por isso, abandonei a
defesa", afirmou Vidal.
Fotos de vítimas do vigilante
No
período em que defendeu o vigilante, Vidal disse que ficou surpreso com os
detalhes de cada morte admitida por Rocha à polícia. O homem confessou o
assassinato de mulheres, moradores de rua e homossexuais em Goiânia.
"Antes
do depoimento, eu o orientei a não produzir provas contra ele mesmo. Mas ele
bateu na mesa e disse que falaria sim, que precisava tirar um peso",
afirmou Vidal. "O homem é doido. Quem em sã consciência vai confessar
crime?"
Vidal
afirmou que, no Tribunal do Júri, sua estratégia seria a de tentar provar que
Tiago não tem condições de responder pelos próprios atos, mesma alegação que
colocou nas ruas Carlos Eduardo Sundfeld Nunes,
28, lembra ele. Cadu,
como é mais conhecido, confessou ter matado o cartunista Glauco Vilas Boas e o
filho dele em 2010, mas foi considerado inimputável por ser esquizofrênico,
segundo decisão da Justiça.
Cadu
está sendo investigado por um latrocínio e outra tentativa do mesmo crime em
agosto deste ano, também em Goiânia, no período em que fazia tratamento em
liberdade. "Não daria para negar a autoria do crime, porque exames de
balística já comprovaram que ele [Rocha] matou. A estratégia seria mostrar que
ele é inimputável", afirmou.
De
acordo com Vidal, nos últimos dias o vigilante pediu diversas vezes para ler
reportagens sobre ele. "Ontem (19), um jornal inglês me procurou para
uma entrevista. Quando eu comentei o fato, ele disse que tiraria fotos para o
jornal, mas que antes precisaria fazer o cabelo e a barba", disse o
advogado.
(DOL
com informações da Folhapress)
Nenhum comentário:
Postar um comentário