Em algumas contas dos moradores de Redenção o
aumento passou de 150%. No escritório da Celpa, a resposta para os consumidores
é sempre a mesma: “nada podemos fazer, o aumento foi autorizado pela Aneel”,
dizem funcionários.
O reajuste das tarifas de energia elétrica no Pará, de 34,4% para
residência e de 36,41% para a indústria, e que veio no talão do mês de
setembro, está provocando revolta nos consumidores de Redenção. As contas são
assustadoras e algumas estão com mais de 150% de aumento, se comparadas com as
tarifas pagas no mês passado. Um levantamento feito pelo Nosso Jornal em alguns
bairros da cidade revela a preocupação e insatisfação dos consumidores, com o
elevado preço na conta de energia.
Consumidoras dizem que de nada adianta reclamar no escritório da Celpa
Segundo os moradores entrevistados pela reportagem, no escritório da
Celpa em Redenção não adianta reclamar. A resposta é a mesma para todos: “não
podemos fazer nada, o aumento foi autorizado pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel)”, dizem funcionários. Os consumidores tentam parcelar a dívida
para não ter a energia cortada. O reajuste está entre os maiores do país e é o
maior desde a privatização da Celpa, em 1998, segundo o Dieese.
A dona de casa Lúcia Lacerda, moradora da rua
Guilhermina Carneiro Vaz, 1213, Setor Serrinha, diz que antes pagava R$ 32,
agora terá que pagar R$ 83. “Em casa são apenas lâmpadas e uma geladeira. Não
aumentou nenhum aparelho e a conta subiu R$ 50”.
Na avenida Rosa Lima de Almeida, 10, residência da
dona de casa Edina Rodrigues Lopes Gonçalves, a conta de energia mais que
dobrou. Ela pagava R$ 125 e neste mês terá que desembolsar R$ 313. “Este
aumento é abusivo, não adianta reclamar no escritório da Celpa e se não pagar
vem o corte. Que situação”, lamenta.
Morador da avenida Santa Ernestina, setor Capuava
I, o comerciante Moisés Barbosa do Nascimento, não sabe o que fazer com a nova
conta de energia. O talão chegou com R$ 1.800 de aumento. Subiu em 150%. Ele
pagou R$ 1.146 no mês passado e agora o valor é de R$ 2.945. O estabelecimento
tem uma central de ar, uma tv, uma geladeira e cerca de 10 lâmpadas. Indignado
com a conta, Moisés fechou o comércio.
Clerisnalddo Manoel dos Santos, da rua Altamira,
setor Alto Paraná, pagava R$ 90. Neste mês a conta chegou a R$ 171, 95% de
aumento. “Os aparelhos são os mesmos. O aumento é absurdo”, diz. João Lopes
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