quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Em Redenção aumento na conta de energia revolta consumidores

Em algumas contas dos moradores de Redenção o aumento passou de 150%. No escritório da Celpa, a resposta para os consumidores é sempre a mesma: “nada podemos fazer, o aumento foi autorizado pela Aneel”, dizem funcionários.
                O reajuste das tarifas de energia elétrica no Pará, de 34,4% para residência e de 36,41% para a indústria, e que veio no talão do mês de setembro, está provocando revolta nos consumidores de Redenção. As contas são assustadoras e algumas estão com mais de 150% de aumento, se comparadas com as tarifas pagas no mês passado. Um levantamento feito pelo Nosso Jornal em alguns bairros da cidade revela a preocupação e insatisfação dos consumidores, com o elevado preço na conta de energia.
                                          Consumidoras dizem que de nada adianta reclamar no escritório da  Celpa





                  Segundo os moradores entrevistados pela reportagem, no escritório da Celpa em Redenção não adianta reclamar. A resposta é a mesma para todos: “não podemos fazer nada, o aumento foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”, dizem funcionários. Os consumidores tentam parcelar a dívida para não ter a energia cortada. O reajuste está entre os maiores do país e é o maior desde a privatização da Celpa, em 1998, segundo o Dieese.
A dona de casa Lúcia Lacerda, moradora da rua Guilhermina Carneiro Vaz, 1213, Setor Serrinha, diz que antes pagava R$ 32, agora terá que pagar R$ 83. “Em casa são apenas lâmpadas e uma geladeira. Não aumentou nenhum aparelho e a conta subiu R$ 50”.
Na avenida Rosa Lima de Almeida, 10, residência da dona de casa Edina Rodrigues Lopes Gonçalves, a conta de energia mais que dobrou. Ela pagava R$ 125 e neste mês terá que desembolsar R$ 313. “Este aumento é abusivo, não adianta reclamar no escritório da Celpa e se não pagar vem o corte. Que situação”, lamenta.
Morador da avenida Santa Ernestina, setor Capuava I, o comerciante Moisés Barbosa do Nascimento, não sabe o que fazer com a nova conta de energia. O talão chegou com R$ 1.800 de aumento. Subiu em 150%. Ele pagou R$ 1.146 no mês passado e agora o valor é de R$ 2.945. O estabelecimento tem uma central de ar, uma tv, uma geladeira e cerca de 10 lâmpadas. Indignado com a conta, Moisés fechou o comércio.


Clerisnalddo Manoel dos Santos, da rua Altamira, setor Alto Paraná, pagava R$ 90. Neste mês a conta chegou a R$ 171, 95% de aumento. “Os aparelhos são os mesmos. O aumento é absurdo”, diz. João Lopes 

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