quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Em cinco meses de trabalho empresa construiu apenas cinco quilômetros de asfalto na BR-155

A obra de reconstrução da BR-155, no trecho que liga o município de Sapucaia a Eldorado do Carajás, segue em ritmo de passo de tartaruga, como diz o dito popular “devagar quase parando”. Em mais de cinco de meses de trabalho, homens e máquinas da empresa C.C. L, que venceu o processo licitatório promovido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Trafego (Denit), para executar o trabalho de reconstrução do trecho de 105 quilômetros de extensão, implantou apenas 4.5 quilômetros de asfalto desde inicio da obra que começou no mês de maio deste ano.





O restante do trecho está todo por fazer e a previsão é que a obra não será concluída antes da chegada do período chuvoso. Alguns motoristas já estão prevendo os transtornos e prejuízos com os atoleiros que se irão se formar caso a obra não seja concluída. Um dos pessimistas é o motorista Antônio Francisco de Souza, 53 anos, que trabalha em um caminhão que transporta combustível. O profissional lembra que no inicio do ano imensos atoleiros se formaram no trecho depois que o asfalto foi arrancado e aterro foi colocado no local para tapar os buracos. “Eu me lembro de ter ficado atolado aqui nesse trecho por causa do lamaçal que se formou com a colocação de barro e piçarra. Pensei que a obra seria feita este ano, mas do jeito que vai, acredito que nem no final do próximo ano ela será concluída”, disse Souza.
Com os buracos, a viagem se torna mais cansativa e demorada, e os motoristas de ônibus e vans não conseguem fazer o percurso dentro do horário previsto pelas empresas de ônibus e Cooperativa de Transporte Alternativo. De acordo com o motorista Celso Silva, quando a viagem estava em perfeito estado de conservação, a viagem de Marabá a Xinguara era feita dentro de duas horas e quarenta minutos, hoje, devido os buracos a viagem chega a durar até cinco horas.
“Não tem como correr em uma buraqueira dessas. Se tentar acelerar, o carro quebra e nós acabamos ficando e no meio da estrada. O jeito aqui e ter paciência e esperança de que esse trecho seja construído, quem sabe até o ano que vem”, disse Celso. 

Esclarecido, o passageiro Raimundo Viera de Moura, fez um questionamento.  “Se o trecho não tivesse sido federalizado, através de um projeto de lei feito por um deputado federal, será que ele não estaria recuperado à semelhança do trecho que liga Marabá até a cidade de Moju, que foi todo recuperado pelo Governo Estadual”, disse Raimundo. Dinho Santos    

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