Adriano Trindade de Almeida, há 10 anos no
presídio de Redenção, com o mutirão ganhou a liberdade.
Uma equipe formada por juízes, promotores,
advogados da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) e
defensores públicos das comarcas que têm unidades prisionais no interior do
Pará, participam de um mutirão carcerário, iniciado em março passado pelo
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio do Grupo de Monitoramento e
Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF) do Pará, formado por instituições
ligadas à execução penal, entre elas a Susipe. Mais de 740 processos já foram
avaliados, em pouco mais de duas semanas de trabalho.
Na última sexta-feira
(11), os trabalhos foram encerrados no Centro de Recuperação Regional de
Redenção.
A finalidade do mutirão é analisar todos os
processos de execução penal, inclusive aqueles que não têm pedido, para
verificar se há um tipo de benefício que a Lei da Execução Penal garante ao
preso, como livramento condicional, saída temporária, indulto, prisão
domiciliar e remição de pena, entre outros.
Emoção
- Adriano Trindade de Almeida, preso há quase 10 anos no Centro de Recuperação
Regional de Redenção, onde cumpre pena no regime semiaberto, estava com o
benefício do livramento condicional vencido. Em uma das saídas temporárias, ele
fugiu e retornou à unidade prisional por outro delito, do qual acabou
absolvido. Com o mutirão, ele garantiu o direito de responder em liberdade. Na
hora de ouvir a sentença, Adriano se emocionou. "É um choro de alegria e
alívio. Depois de quase 10 anos preso, voltar a ter liberdade é mais que um
sonho. Se não fosse o mutirão, eu provavelmente continuaria aqui. Mas agora não
volto nunca mais", garantiu.
Em Redenção, o mutirão foi concluído com mais de
100 processos avaliados. O juiz Cláudio Henrique Lopes Rendeiro finalizou os
trabalhos com a cerimônia de livramento condicional, que concedeu liberdade a
19 internos da unidade prisional, e também com uma inspeção na casa penal. xto – João Lopes
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