sexta-feira, 11 de abril de 2014

Equoterapia recupera pessoas com deficiência

Em Redenção, o projeto desenvolvido por Fábio Mundoca, em parceria com a Apae, recupera crianças deficientes.

Por conviver em sua adolescência com Dislexia, um distúrbio que provoca na pessoa a dificuldade de ler, escrever, soletrar ou até mesmo identificar as palavras mais simples, Fábio Mundoca Crispim, hoje formado em Zootecnia, resolveu desenvolver em Redenção, um projeto para ajudar pessoas que sofrem preconceitos devido a algum tipo de deficiência. “Eu tinha preconceito e vivia deprimido, mas superei esse distúrbio e hoje, com orgulho, ajudo as pessoas que possuem deficiências”, afirma. Apesar da assustadora impressão do termo, Dislexia não é uma doença. É um distúrbio genético e neurobiológico de funcionamento do cérebro de fácil recuperação.

Superado seu problema, Crispim resolveu fazer cursos na Associação Nacional de Equoterapia Ande Brasil, em Brasília, para ajudar deficientes. Acabou se tornando um profissional da área. Em todo o Pará, só existem 4 profissionais filiados a Ande Brasil. Em Redenção, há 5 anos, Crispim desenvolve a Equoterapia.




Através de seu projeto que é desenvolvido em parceria com a Associação de Paes e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Redenção, Crispim ministra aulas de estímulo às pessoas que possuem deficiência. No momento são 10 alunos entre crianças, adolescentes e até um adulto, de 32 anos. O empresário Izidório Júnior colabora com o projeto cedendo em seu parque, o espaço para que as aulas sejam ministradas.

Segundo Crispim, Equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo numa abordagem interdisciplinar nas áreas da educação, saúde e equitação, para pessoas com deficiência, buscando melhorias significativas no aspecto físico, psicológico, emocional e biopsicossocial, entre outros, obtendo resultados benéficos de até 80% no convívio social das pessoas portadoras de deficiência.

Ainda segundo Crispim, na Equoterapia o aluno participa da sua própria reabilitação, e obtém como amigo o cavalo que possui uma grande sensibilidade de carinho com a pessoa com deficiência, deixando-o manusear e montar, e também possui uma andadura tridimensional que emite para o cérebro do aluno, de 120 a 180 estímulos, que facilitam a melhora em menor tempo. O cavalo, conforme o instrutor, atua na Equoterapia como agente facilitador da aprendizagem, de inserção e de reinserção social.
Pais aprovam o tratamento

A dona de casa Josenira Roseno dos Santos, moradora do setor Central Park, está feliz com a recuperação de seu filho através do projeto desenvolvido por Crispim. Lucas Roseno dos Santos, de 13 anos, há 12 é aluno da Apae e há 2 anos faz Equoterapia com resultados surpreendentes. “Lucas que possui deficiência desde o nascimento, vem se recuperando a cada dia graças à assistência que recebe na Apae e ao trabalho do Fábio”, revela a mãe do garoto.

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