segunda-feira, 14 de maio de 2012

Ataque de vermes mata criança de apenas 2 anos de idade


Uma humilde família moradora da rua presidente Castelo Brancom no bairro do Tapanã viveu momentos de angústia e sofrimento. A morte de uma menina de apenas dois anos teve uma sequência de fatos que culminou com a detenção do pai, conhecido como “Xaropinho”, acusado de abuso sexual, que, depois solto, teve que enterrar a filha, vítima, na verdade, de um ataque de vermes.
Durante cinco horas, a imporensa acompanhou o drama da família. A menina de dois anos foi levada, primeiro para o Posto de Saúde do Tapanã, na manhã de sábado (12), mas, por não haver médico, foi encaminhada ao Posto de Saúde do Bengui e, por fim, ao Hospital Metropolitano, onde veio a falecer.
O inferno do pai começou após a morte da menina que, segundo um Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia de Crimes Violentos, anexo ao Hospital Metropolitano, sugeria que a menina poderia ter sido abusada sexualmente.
Com exclusividade, o Diario  conversou por uma hora com a mãe, de 23 anos, que tem três filhos e é portadora de necessidades especiais. Com ajuda de familiares, devido aos problemas que tem e à medicação ministrada, ela contou que a filha tinha dormido com ela e o pai na cama, tendo o pai levantado cedo para trabalhar.
Quando a mãe acordou, a menina estava passando mal. Havia fezes e sangue espalhados pelo lençol. Ao verificar isso, foi pedir socorro para a tia e à avó, que, imediatamente, levaram a criança de moto para a peregrinação pelos postos de saúde do Tapanã, Bengui até chegar ao Hospital Metropolitano.
Diante das evidências a Polícia Militar foi acionada e prendeu o pai, quando este voltava do trabalho. Interrogado pelo delegado Rui Porto, ele negou que tivesse abusado da filha e se desesperou quando foi levado para uma cela reservada.
O delegado Rui Porto, plantonista na Seccional Urbana de Icoaraci, após saber da morte da menina, e para não cometer injustiça, foi ao Instituto de Criminalística para se inteirar melhor dos fatos, tentando um laudo que comprovasse o abuso para então autuar o pai pelo crime.
ANGÚSTIA
Durante duas horas, o DIÁRIO acompanhou a angústia de familiares da menina, da mãe e do pai, recolhido na Seccional de Icoaraci. Alguns até duvidavam da inocência do rapaz, mas, para alívio geral, o delegado chegou ao local com um pré-laudo que determinava a causa mortis da criança: vítima de um ataque de vermes.

Segundo um legista do Instituto Médico Legal Renato Chaves com quem o delegado Rui Porto conversou, foram retiradas da criança 145 lumbricoides. Diante do fato o delegado mandou soltar o pai, que saiu aos prantos do xadrez, abraçando a mulher e a avó.
“Foi como uma hérnia estrangulada. A criança não teve os cuidados necessários. Estavam cuidando o caso como uma simples dor de barriga. Pela força que fez, a criança lesionou o ânus sugerindo que pudesse ter sofrido abuso sexual”, disse o delegado Rui Porto.

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