sexta-feira, 2 de março de 2012

Acusado de ser mandante do assassinato de Pedro Alcantara foi condenado a 22 anos de prisão


Um dos julgamentos mais esperado pela população da região do sul do Pará, aconteceu no Fórum de Justiça de Redenção, durante todo o dia da sexta-feira (02). Joaci Barros da Rocha, sentou no banco dos réus como acusado de ser o mandante do assassinato do sindicalista Pedro Alcântara de Souza, na época presidente  da Fetraf.




 O júri popular foi presidido pelo Juiz Haroldo Silva da Fonseca, juiz titular da Vara Criminal da Comarca de Redenção.



 O julgamento começou por volta das 9 hs da manhã de sexta-feira varando a noite. Sete jurados participaram do julgamento, sendo que cinco foram do sexo masculino e dois sexo feminino. O promotor de Justiça Italo Costa Dias, auxiliado pelo advogado Kalil Jorge, atuou a acusação, enquanto que os advogados Ângelo Bernardinho de Menezes e Carlos Alberto Gama Filho, atuaram como advogados de defesa do acusado. Os dois advogados de Joaci Barros, atuam a OAB/ Matogrosso. Nove testemunhas foram arroladas no processo, sendo que quatro delas, deporam como testemunhas de defesas e cinco foram indicadas como testemunhas de acusação. O julgamento teve momentos de comoção, um dos momentos fortes, foi o depoimento da testemunha Ademar  de Souza, irmão do sindicalista assassinado, que trabalhava como coordenador da Fetraf, na gestão de Pedro Alcântara. Ao ser indagado pelo advogado de acusação Kallil Jorge, se ele havia ouvido dizer que Joaci, tinha pretensoes de  eliminar seu irmão, ele declarou, ‘’ pessoas que participavam do grupo de dissidentes da Fetraf, disseram que Joaci, dissera basta eliminar a abelha rainha, que as outras abelhas espalham’’.






 Ademar Souza, disse que havia visto um lista contendo nomes de pessoas que representavam ameaça a vida de seu irmão, entre os nomes estava o de Joacir Barros, que pertencia a um grupo de dissidentes da Fetraf. ‘’A relação fora feita pelo meu irmão, conheço a caligrafia dele e estava sempre guardada na agenda dele’’, relatou Ademar. A testemunha, chorou na hora que o advogado Kallil, perguntou se ele havia vista visto o corpo de Pedro Alcântara caído no local do crime. Após um profundo silêncio e limpando as lagrimas dos olhos, Ademar, disse ‘’fui o primeiro da família a chegar ao local do crime’’ .


 Advogado Kallil Jorge atuou como auxiliar de acusação


 Marielza de Souza, viúva do sindicalista, que estava passeado de bicicleta com o marido quando ele foi assassinado, também se emocionou no momento em que falava sobre a execução de seu marido. A testemunha de defesa Rosália Pereira Milhomem, declarou que havia muitos conflitos dentro do P.A Cristalino, coordenado por Pedro Alcântara, conflitos estes que eram provocados pela truculência de um grupo comandado pelo irmão de Pedro Alcântara, que atuou como testemunhas de acusação. ‘’O Ademar e outros companheiros dele, ameaçavam os assetados, com a intenção de se apossarem dos lotes, que foram adquiridos pelo valor de R$ 2 mil, lotes estes vendidos pelos coordenadores da Fetraf.  
O advogado Kallil Jorge, pediu a acareação entre a testemunha Rosália e Ademar, mas a defesa se manifestou de forma contraria ao pedido, fato que foi aceito pelo Juiz  Haroldo da Fonseca. Para a imprensa o advogado Kallil Jorge, disse que o crime teve o mesmo motivo do crime que
Inocente: Diante do Juiz e das testemunhas, o réu Joacir Barros, negou as acusações de ser o mandante do crime, e disse não ter nenhum problema com o sindicalista e que também não conhecia as pessoas que foram acusadas se serem os autores dos disparos que matou Pedro Alcântara.   
Os embates entre defesa e acusação, foram longos. A acusação pediu a condenação de Joacir, a mostrou indícios de ele      fora o principal mandante do crime, citando que o mesmo, já havia cometido outros crimes, e que a época do crime, ele gozava de liberdade condicional por ter praticado assalto a mão armada e formação de quadrilha. ‘’Esse homem teve participação em um consorcio criminoso, que ceifou a vida de um pai de família e homem trabalhador’’ acusou o promotor Ítalo Reis.   Já o advogado de defesa pediu a absolvição do reú, afirmando que não havia provas suficientes para que Joacir fosse condenado. ‘’Meu cliente não pode ser condenado por um crime que ele não cometeu’’.  Após varias horas de julgamento os jurados chegaram ao veredito fina, considerando o réu como culpado. O juiz lavrou a sentença de 22 anos e seis meses de reclusao em regime fechado. 
Caso: Pedro Alcantara de Souza, foi assassinado no dia 31 de 31 de março de 2010, com cinco tiros a cabeça, enquanto fazia atividade física pedalando  sua bicicleta juntamente com sua esposa Marielza Fernandes de Souza,  no Setor Parque dos Buritis. O crime teve uma grande repercussão a mídia estadual, sendo que na época a governadora Ana Julia Carepa, determinou a apuração imediata do caso e a prisão dos envolvidos no crime. Após investigação uma equipe da Policia Civil da capital, chegou a conclusão que o madante do crime do fora Joaci Barros e os executores Yslei Faustino de Oliveira e Roberto Romero de Araujo, que estão recolhidos no Presidio de Americano, localizado as proximidades da região metropolitana de Belém.         

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